Quem sou eu

Minha foto
Pessoa com uma veia social ainda em desvelamento, porém com sede de algo mais, sempre...

INFANTE

Se eu pudesse voltar...

Aproveitar mais minha infância

Com os amigos e as brincadeiras

Se eu pudesse voltar...

Faria diferente minha adolescência

Seria mais rebelde, com causas.

Viajaria mais em meus pensamentos

Almejaria novos e impossíveis horizontes

Se eu pudesse voltar...

Estudaria com mais garra

Jogaria futebol, sonho!

Cometeria certos deslizes

Só pra sentir o gostinho.

Sei lá, seria eu,

Com um pouquinho a mais de ousadia

Hoje, vejo que parei

Só me restam lembranças

E um desejo imenso

De ser criança outra vez.

_hei, hei, hei, acorda!!

Se eu pudesse voltar...

_Ah! Ah! Ah!

CAPEAR

A rua

A casa

A escola

Nossos amigos

Nossos pais

Nossos gibis

Cabelos pretos

Magreza esbelta

Beldade juvenil.

Fostes minha 1ª paixão

Não falei, um fato.

Só escrevi, e pensei

Agora escrevo e penso.

Por que não fomos namorados?

A timidez não deixou

Viajei, viajei...

Na minha infância.

ALTO NÍVEL

Chegou!

Demorou nove meses

Chegou!

Chorou ao ver o mundo

Chupou o dedo

Balbuciou algumas palavras de bêbe

Chegou!

Caiu algumas vezes

Falou papa, mama...

Caminhou, caminhou...

Chegou!

Vestiu saia

Cabelos pretos encaracolados

Chegou!

Pele morena cravo canela

Olhos vivos e pretos

Temperamento forte

Chegou!

Inteligência aguçada

Linda do mundo

Chegou minha filha:

Caroline Magna (Carol).

OUTRO SOL

Paciente

Astuta

Conselheira

Inteligente

Comilona

Costureira

Amiga

Companheira

Mãe – terceira

Bonita/cabelos grisalhos

Minha sogra: Maria Olívia

TODA GRATIDÃO

O sol nasceu a brilhar

Mãe apareceu e ficou

Seus conselhos perfeitos

Seus costumes e manias

Ser único, indiscrítivo

Mãe - força / garra juvenil

Conquistas mais ousadas

Sempre presente

A mais bela de todas e do mundo

Carrega – me em seus braços a vida inteira

Como lhe sou grato!

Amor de mãe é pra vida inteira

Minha mãe Luzinete (dona Lú)

MEMÓRIA

A esperança está desperta

O coração está a pulsar

Temos que celebrar

O caminho agora se faz jornada

De um professor?

De um médico?

De um aluno?

De um paciente?

Ta tudo morto agora aqui

Qual a diferença?

O dragão está solto

Acoplamento de dois corpos

Terra sem fim.

SOLEDAD

Quanta gente

Quanta solidão

Me sinto só

Em meio à multidão

Vontade de sumir!

Pra onde? Não sei.

Vontade de sumir

Apesar dos 30.

Vontade de ficar em algum lugar, só.

Sentir-se só, como é bom!

Eu e meus pensamentos, ninguém mais.

Só meus pensamentos e eu, ninguém mais

Viajar na maionese, como quisera!

Quero sumir, voar, super man!

Não posso, quero sumir, desejo intenso

Externamente tanta gente

Paradoxo em alta

Leve-me a algum lugar urgente

Meus pensamentos clamam!!!

THE END

Se foi…

Até o último momento

O suspiro da vida

Piscar de olhos

Direção

Nebulosidade

Ofuscamento

Se foi...

Nem ao menos senti

Quanto é forte ser mãe

Sentir, gostar como a primeira vez

Se foi...

Não sei seu nome

Dor, sangue, batalha, vida

Ouvir, pulsar, cheirar

Cheiro forte da seiva da vida

Vida que vem e que vai

Se foi...

Saudades infinitas que seu nome se fez

Escreveste, não se apaga jamais,

Levarei para todo o sempre na veia cavernosa

Cruz profunda, peso leve

FEÉRICO

O acaso vai nos proteger

E o agora já imensurável

- Hei, você vai?

- Onde?

Passear através da sua pinguela

Tudo que vem

Passos profundos

Marcas soterradas

Deserto, multidão

Paradoxo interno – externo

Você: violão, sonoridade marcante

És o bálsamo ingerido

Dor, alento, submissão

Marasmo total

Vertigem decadente

NATURE

Help the nature

Protect the nature

Clean the streets, the school, your home…

It’s important!!

Plant trees, put water, cultive…

Economize energy, water

Love our nature

Save your life

Save the nature

Save the men.

DOIS PONTOS

Somos o que pensamos ser

Somos o que podemos ser

Até um certo momento

Desejo intenso de ser uma celebridade

Para os amigos, para a família

Para o professor, para a sociedade

Afinal para você o ser mais importante

É ser celebridade

Na sua pequena notoriedade,

Você é a mais importante das criaturas

Concebida pelo mais audacioso Criador: Jesus

Celebridade você em alta

O brilho da vida reluz em seus olhos singelos.

DOIS PONTOS

Somos o que pensamos ser

Somos o que podemos ser

Até um certo momento

Desejo intenso de ser uma celebridade

Para os amigos, para a família

Para o professor, para a sociedade

Afinal para você o ser mais importante

É ser celebridade

Na sua pequena notoriedade,

Você é a mais importante das criaturas

Concebida pelo mais audacioso Criador: Jesus

Celebridade você em alta

O brilho da vida reluz em seus olhos singelos.

ENDECHA

E o milagre ainda não veio.

O menino não nasceu,

O sentimento recai

O natal está próximo

A menina não ressuscitou

Culpa, perdão, angústia

Misericórdia se misturam

No mais profundo do ser

Lembrança, dor

Sofrimento, todos

Conectados em um esforço contínuo

De superar tamanho “martírio” de felicidade

(15 de dezembro)

“Alma mesquinha de espírito bondoso”

Até quando?

Choro n’alma, o tempo inteiro

Santo, pai, filho e a mãe?

Força profunda

Conquistas extremas,

Dom infinito...

“A água não virou vinho

A ferida não se catrizou...”

ESTEREÓTIPO

Humanidade avançada, será?

Humanidade transformada?

Humanidade digital?

Humanidade paralela?

Humanidade consumista?

Humanidade racional?



Humanidade colossal?



Humanidade humanista?



Humanidade revolucionária?



Humanidade científica?



Humanidade globalizada?



Humanidade paciente?



Humanidade lenta?



Humanidade sem estupor?



Humanidade sem determinação?



Humanidade com ânsia de ser



Humanidade, até quando?

ENTORPECENTE

O dedo quebrou

O braço quebrou

A perna quebrou

O pescoço quebrou

A cabeça quebrou



A mente falhou

O corpo padeceu

O coração sentiu

Corpo, alma, mente

Pra que se a hipocrisia é constante,

Tudo é vã,

A mente não

O corpo sim

A alma talvez.

PRECIOSIDADE

_ Tô com seeeede!

_ Tô com seeeede!

_ Tô com seeeede!



_ Cadê a água? !!

_ Cadê a água? !!!



_ O cano quebrou

_ 10 dias, o cano quebrado.

_ Quanto custa?



_ É sertão.

_ Viva Antonio Conselheiro!



_ Tô com seeeede!!!

_ Tô com seeeede!!!

_ Tô com seeeede!!!!



_ Cadê a água?

_ Cadê a água?

_ Vou buscar água no posto de gasolina


_ No poço, gasolina – água????

_ Quanto custa?



_ O barulho d’água no cano

_ Glut, glut, glut

_ Quanto custa o cano?



_ Tô com seeeede!!!

_ “Bebida é água,

Você tem sede de que”?



_ “... O sertão vai virá mar...”

_ Quando?

_ Viva... Tô com seeeede!!!

PROTEÇÃO

Somos assim

Pessoas presas em um casulo

Castelos de altos muros

Em um mar

Sem água

Sem poder respirar

Esse ar poluído

Sem ver essa paisagem mórbida

Somos assim

Pessoas com alta e baixa estima

Com uma vontade de viver e morrer

Com fome de ser comida

Somos assim

Seres humanos

Com quase nada de humano

Com um QI de uma galinha.

PERECER

Bicho escroto

Que perambula nessa carcaça

Sem forças

Bicho astuto

Que balbucia palavras

Nessa coisa que chamam de boca

Bicho veloz

Que tem pensamentos pecaminosos

Em determinado time da vida

Bicho fedento

Que não tem o que comer

Que tem o que gastar

Que vem e que vai

Sem ao menos perceber

Bicho ousado

Que anseia conquistas

Que impede e mata outro bicho

Bicho Brasil – homem

Que todos aplaudem

Patriotismo nojento

E fedento-humano que todos dizem:

Infelizmente...

E a rosa de Hiroshima?

O EU

O mar, o homem

O animal, o homem

A natureza, o homem

O lixo, o homem...

MARIOLA

Todos adormecidos

Todos inertes

Ele surge na aurora

Depois de 3 anos para vir a cidade

Ele vem, carro preto, só.

Fugir de seu povo, esta é a missão.

Vem, dura realidade, o povo merece.

Calçamento, esgoto, saneamento, iluminação

Água, lazer, saúde, o que mais falta?

Ele, único responsável maior.

E nós?

Nós, o povo, apenas o povo. Sem expressão.

E com expressão.

Na próxima aprenderemos, ou não?

Eis a questão.

MENINO LÉO

Menino crescido

Moleque sujo

Menino traquino

Moleque marcado pela vida

Menino quase sem roupa

Moleque comilão

Menino de olhar ativo

Moleque que o próprio corpo

Aprendeu a se autoproteger

Das doenças da vida,

Menino, bravo!

Moleque menino Léo

Menino necessitado

Moleque da gente

Léo, meu amigo

Menino de rua.

ELA

O ativismo é constante

Corre pra lá, corre pra cá

Se dorme, logo se acorda

Se trabalha, se cansa

Se brinca, se irrita

E ela sempre está ali,

A espera de um vacilo

Corremos pra ela

Nascemos com a única certeza:

Vamos pra ela.

Estude, trabalhe, coma, brinque, viaje...

E depois corra pra ela,

Ela sempre vai estar à espera

Do último sopro da vida...

TEMPOS MODERNOS

Mundo informatizado

Mundo desigual

Mundo globalizado

Mundo pobre

Mundo otimista

Mundo pessimista

Mundo religioso

Mundo descrente

Mundo seu

Mundo meu

Mundo nosso

Mundo menino

Mundo homem

Mundo jovem

Mundo velho

Mundo passageiro

Mundo atual.

SONHAR

O sonho de um menino:

Crescer e ser feliz

E o que é felicidade?

Mas qual a felicidade?

A infância

A adolescência

A maturidade

E o sonho?

O sonho se foi

Com todos os passos da vida

Mas o que é a vida?

Respiração, comunicação...

Mas e o sonho?

Realizar – se - a.

Quando?

O tempo inimigo do momento

Nos vai dizer.

O LIMIAR

Todos sentem

Um a cada segundo

Todos a bocejarem

Todos entendem mal

O que importa se foi tudo o que

Agora chamam de mal educados

Bombas de amor

Tiros sem lógica

E você a sentir

Dor, caláfrio

O que mais importa?

Sociedade globalizada

Agora vai, leva ao além da agonia

Do ser presente n’alma

As dores do mundo

As chagas agora são minhas

A respiração não a sinto

Onde estou?

Há que saudade da velha infância!

Pingos de amor

Rebuscado de gotas de orvalho

A boca se fecha

SONHAR